Tuesday, November 28, 2017

Smartphones e capacidades "cognitivas"

Smartphones and Cognition: A Review of Research Exploring the Links between Mobile Technology Habits and Cognitive Functioning, por Henry H. Wilmer, Lauren E. Sherman e Jason M. Chein:

While smartphones and related mobile technologies are recognized as flexible and powerful tools that, when used prudently, can augment human cognition, there is also a growing perception that habitual involvement with these devices may have a negative and lasting impact on users’ ability to think, remember, pay attention, and regulate emotion. The present review considers an intensifying, though still limited, area of research exploring the potential cognitive impacts of smartphone-related habits, and seeks to determine in which domains of functioning there is accruing evidence of a significant relationship between smartphone technology and cognitive performance, and in which domains the scientific literature is not yet mature enough to endorse any firm conclusions. We focus our review primarily on three facets of cognition that are clearly implicated in public discourse regarding the impacts of mobile technology – attention, memory, and delay of gratification – and then consider evidence regarding the broader relationships between smartphone habits and everyday cognitive functioning. Along the way, we highlight compelling findings, discuss limitations with respect to empirical methodology and interpretation, and offer suggestions for how the field might progress toward a more coherent and robust area of scientific inquiry.


[Via Marginal Revolution]

O que me chamou a atenção neste estudo (que, aliás, é um estudo sobre os estudos) é o género de capacidades cognitivas que, pelos vistos, normalmente se estuda a respeito do impacto dos smartphones - atenção, memória e capacidade de diferir a satisfação (quase tudo capacidades, sobretudo a primeira e a última, com uma grande associação a ideias como esforço ou disciplina); nenhuma referência a coisas como rapidez de raciocínio, p.ex. É só a mim que a maneira como esses estudos são feitos (e o que é estudado) me parece ter algum moralismo e uma atitude "estes miúdos de hoje em dia..." (ao concentrarem-se nos efeitos dos smartphones nas capacidades cognitivas sobre as quais mais facilmente se faz juízos de valor moral)?

1 comment:

João Vasco said...

Não me parece que o moralismo esteja no estudo em si. O estudo pretende responder às questões que a sociedade tem colocado a respeito dos smartphones, e pouca gente se tem perguntado (ou afirmado) que os smartphones aumentam a velocidade do raciocínio, enquanto que muitos têm dito que atrofiam estas três capacidades.
Por essa razão, se existir moralismo é mais na "cultura popular", e não tanto no meta-estudo. Parece-me.