Wednesday, March 25, 2009

Os Conservadores como Anarquistas

A propósito de ter apanhado este comentário Por Daniel Hannan, um conservador [Daniel Hannan is a writer and journalist, and has been Conservative MEP for South East England since 1999]:

"The interesting question is why the Chinese fell behind (or, to put it the other way around, why Europe surged ahead). The most convincing answer is that offered by the Australian historian E L Jones (and brought to a wider audience by Paul Kennedy in The Rise and Fall of the Great Powers). To concertina a subtle and elegant thesis, Jones argued that the East's failure lay in its political uniformity. The Chinese Empire became over-centralised, over-governed and over-taxed. Standarisation worked against local experimentation, and the ruling Mandarin caste preferred inherited notions of classical accomplishment to innovation.

Europe, by contrast, was not a state but a state system: a plurality of competing princedoms, each striving to outdo its neighbours, each copying what had been trialled successfully abroad. European culture fostered enterprise and adventurousness: the Chinese were destroying their ocean-going fleet at the very moment that Henry the Navigator was planning his expeditions. China, in short, fell behind from the 17th century onwards because it became introverted and bureaucratic; Europe surged ahead because it was competitive and diverse."

Recordo-me dum post meu em 05/2005:

"(...) O argumento do "Conservador como Anarquista", passa pelo raciocínio simples de que o espírito conservador procura uma ordem social e homogeneidade de valores nestas células, mas combatem - ou deviam combater - ferozmente a legitimidade da intervenção de terceiros nesses espaços de soberania (a propriedade, família, comunidade, nação).

Assim, a protecção dessa soberania no fundo reclama a capacidade autónoma de definir as regras que regem cada uma dessas entidades.

Ora, se a procura de uma ordem social no Estado-nação define um monopólio legislativo e do uso de violência territorial por parte do Estado, a defesa da soberania do Estado-nação significa a recusa em delegar ou reconhecer legitimidade que "outros" tenham a capacidade última de impor legislação externa (a não ser que seja adoptada voluntariamente) e apliquem o uso da violência para a impor.

Como já ouvi dizer, vivemos em anarquia internacional (e ainda bem). Quem se sente conservador e também liberal, deve preservar a diversidade de soberanias com a capacidade de definir lei e usar autonomamente a violência quando julgue necessário. A diversidade e a concorrência são sempre úteis e dinamizadores da civilização."

1 comment:

Anonymous said...

no entanto os conservadores procuram essa soberania em figuras tradicionais.
até porque a diferença é que os conservadores tem por base a descnofiança, nao so do estado, mas tambem dos individuos.

já o anarquismo não.

o o´reilly, uma figura extremamente conservadora, disse uma vez ser "anarquista", e propalou "power to the people", claro que logo a seguir adicionou "to the people i trust".