Wednesday, September 17, 2008

Bernardo Pires de Lima

Diz que o nacionalista Saakashvili, que atacou a matar soldados da manutenção da paz, abriu os olhos ao Ocidente: o que está em causa é o controlo do Mar Negro (what the fuck do i have to care with that?). Estará a falar daquele porto que sempre foi Russo e é habitado por Russos e que só está na Ucrânia porque os Russos ofereceram no contexto de uma Federação?


"Convém não adulterar os factos. (...) O que se pede a um líder é que, em primeiro lugar, garanta a segurança dos seus cidadãos perante uma ameaça externa. Dir-me-ão, aqui do alto da perspectiva portuguesa com fronteiras fixadas há mais tempo no continente europeu, que as províncias não são território da Geórgia. De facto, não são. Mas não foi com esse programa que Saakashvili foi a votos e eleito."

A forma como BPL pronuncia (juraria que o consigo ouvir) "Lider" é um pouco suspeito. Hitler era um bom Lider por exemplo. Apenas quis proteger territórios alemães (retirados num não-tratado imposto) habitados por alemães onde qualquer referendo lhe daria a vitória. E foi o programa com que foi eleito.

BPL representa um perigo para o Ocidente da mesma forma que quem atirou Mussolini para os braços de Hitler (Mussolini deslocou tropas para a Áustria para evitar a anexação, mais tarde uns idiotazinhos moralistas da Liga das Nações - erguida para manter o Status Quo da Império Britânico como o maior Império da história - quererem punir a Itália por esta se armar ao micro-imperiozinho na Abissínia.) tal como agora querem expandir-se para os jardins da Rússia atirando-a para os braços da China. BPL é defensor do Ocidente tal como Roosevelt que preside à maior vitória militar que se conhece: a de Estaline sobre o Ocidente. Por isso provavelmente admira Roosevelt.

Estes tipos são um perigo para a humanidade. Algúem lhes dê um tabuleiro de Risco para se entreterem.

3 comments:

Anonymous said...

"as províncias não são território da Geórgia. De facto, não são. Mas não foi com esse programa que Saakashvili foi a votos e eleito"

Esta autêntica Fé na democracia e nos seus poderes (divinos?) dá cabo de mim.

Esta gente não tem princípios? Ou bem que há dto à autodeterminação ou bem que não e as autonomias são decididas por agentes externos (deixaria assim de ser um princípio).

Ainda não vi provas de que a maioria dos ossetas não quer a separação da Georgia.

A Chata said...

Desculpem lá mas, não acham que as guerras se fazem hoje por controlo de recursos energeticos e água potável?
Acham mesmo que os Russos estão preocupados se a população da Ossétia do Sul quer ser russa?
Estão tanto como os americanos estavam com o estabelecer a democracia para a população do Iraque.
Leiam um nadinha sobre o Mar Caspio e a 'guerra' (que não vem nas noticias) que existe há muito tempo para determinar a quem pertence e para onde vai ser encaminhado o petroleo e o gas que parece que não é pouco.
Não acham curioso que o Putin se tenha deslocado recentemente à Sibéria para acelerar a construção do novo pipeline para encaminhar o petroleo para a Ásia?
Não têem lido sobre a 'guerra' dos russos com a BP (ah! o famoso pipeline para levar o petroleo do mar Caspio para a Turquia que parece que foi bombardeado ou talvez não)?
Porque acham que a China faz tanta questão de controlar o Tibete?
Continuo a perguntar-me se os Iraquianos já teriam assinado o contracto de que a Rice falou, como quem não quer a coisa, para conceder direitos de exploração do petroleo por 30 anos às companhias 'americanas'.
Vi, em rodapé, no noticiário da CNN, que os chineses já assinaram com o Iraque um negócio de petroleo de muitos biliões.
Será que os americanos foram, mais uma vez, 'papados' pelos chineses?

Estas 'preocupações' com os desejos das populações de serem independentes ou de viverem em democracia pretendem apenas dar uma cobertura 'moral' ao assassinio e destruição causados às populações que sofrem os conflitos.
Devemos aprender com a História mas temos que equacionar os factos do passado no contexto actual.
No tempo de Hitler e Mussolini não havia alterações climáticas, a água potável não estava a escassear, o petroleo e o gaz não eram assuntos tão importantes como hoje, a população mundial era muito menor e o mundo não estava a ser dominado por uma potências asiáticas com uma cultura e maneira de agir muito diferente da ocidental.
Os impérios hoje, começam a definir-se já não por dimensão de território controlados mas, por quantidade de recursos básicos necessários à sobrevivência que controlam.

Anonymous said...

"Estas 'preocupações' com os desejos das populações de serem independentes ou de viverem em democracia pretendem apenas dar uma cobertura 'moral' ao assassinio e destruição causados às populações que sofrem os conflitos."

Mas querem ou não separar-se da Georgia? Se sim, acho isso minimamente relevante.

"Acham mesmo que os Russos estão preocupados se a população da Ossétia do Sul quer ser russa?"

Este comentário vale também para a teimosia de Tbilissi em não abdicar da Ossétia Sul.