Tuesday, October 30, 2007

Ainda os rankings(III)

A respeito dos bons resultados de um dado colégio privado nos tais rankings, ouvi dizer que uma professora de outro colégio terá dito que esse tal colégio tinha esses bons resultados porque só mandava os alunos a exame quando achava que eles tinham condições para ter "altas notas".

Bem, se isso for verdade, e se for prática geral no conjunto nas escolas privadas (ou, pelo menos, nas escolas privadas "de elite"), pode ser lido de duas maneiras: uns podem argumentar "afinal essas escolas não são tão boas a ensinar assim - a única razão porque têm essas notas nos exames é apenas porque só os «melhores» é que vão a exame"; outros podem argumentar "assim é que deve ser:altos padrões de exigência! Não é mandarem toda a gente a exame sem saberem nada!".

Mas, será que isso acontece mesmo assim? Pelos dados fornecidos pelo Jornal de Noticias (xls), houve 129.970 exames no ensino público e 17.860 no privado. Não sei onde encontrar o número de alunos que frequentaram o 12º ano no público e no privado em 2006/2007, mas aqui podemos encontrar o número de alunos que frequentavam o secundário o público e privado em 2005/2006: 280.398 no público e 64.060 no privado. Se esses números se repetissem em 2007, poderíamos concluir que no público houve um exame por cada 2,16 alunos e no privado um exame por cada 3,39 alunos - ou seja, no privado parecem ir, proporcionalmente, menos alunos a exame, o que confirmará a hipótese em análise (agora, se isso é bom ou mau, é, como já disse, uma questão a discutir).

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