Friday, March 31, 2006

A fama e a SIDA

Há muito que sou da opinião que o dinheiro é como a heroina: a partir do momento em que começamos a auferir um certo nível de rendimento, já não conseguimos passar sem ele.

Hoje ocorreu-me outra reflexão do mesmo género: a fama é como a SIDA (ou como qualquer outra doença sexualmente transmissível). Olhemos para aqueles "famosos" que aparecem nas capas de revistas ao pé das caixas registadoras dos supermercados - como é que eles se tornam "famosos"? Normalmente, a principio, há alguém que é famoso por mérito próprio (futebolista, jornalista, etc.); depois esse alguém "tem um caso" com outra pessoa - ao fim de algum tempo de relacionamento, essa "outra pessoa" passa a ser considerada também um "famoso"; mais tarde, a "outra pessoa" tem um caso com uma terceira pessoa - já passa também a "terceira pessoa" a ser um "famoso", e assim por diante...

Não que esta reflexão tenha alguma importãncia, mas enfim...

1 comment:

Anonymous said...

para mim o dinheiro é como uma droga.

as pessoas tem muito dinheiro, depois querem mais e mais (aumento da dose), até ele deixar de ser um mero instrumento e se tornar no centro. até ser a felicidade em si.
e quem faz da vida uma incessante busca por bens materiais sem limite, entrando num materialismo exacerbado e irracional (a publicidade explora muito isto), jamais vai encontrar satisfação plena e felicidade à vista.

a nossa cultura incentiva a isto, a cultura consumista, o que é fixe é ter o ultimo grito em qualquer coisa, a propria organização economica precisa disso para não entrar em colapso.

a realidade é esta, "é preciso ter mais cuidado a escolher o emprego que a mulher, pois passamos mais tempo a trabalhar do que com a familia." - quem disse isto foi um italiano afecto a berlusconi.

já viu no canal 2, um programa sobre doentes terminais? a primeira coisa que fazem é chamar cabrão ao patrão, despedir-se e ligar a outras coisas.

viu no noticiario que caso todas as pessoas do mundo consumissem como nós seriam precisos três planetas iguais?
agora imagine quantos planetas seriam precisos para aguentar a furia consumista dos americanos, dos japoneses ou dos ingleses.
é só ve-los a atropelarem-se quando há saldos.